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24 de agosto de 2013

A humildade: a outra face de autorrespeito


Ser capaz de moldar-se em qualquer situação, num estado interno sem ego, indica uma força interior baseada na compreensão e no amor. De fato, a humildade verdadeira não é possível sem que haja o amor espiritual. O pensamento 'eu fiz tal coisa, eu sou bom' é a porta através da qual muitos obstáculos entram. O ego é a semente dos obstáculos, é contar as virtudes do eu e as fraquezas dos outros. O pensamento 'eu sou um instrumento do bem para fazer o bem' fecha esta porta para sempre.
A humildade permite a existência de outras pessoas na plenitude de suas virtudes ou no vazio de seus defeitos, sem ciúme dos seus pontos fortes e sem julgamento de suas fraquezas.
Cada indivíduo é único. O estado de humildade se mostra na imagem de uma árvore com seus galhos tão cheios de frutas que quase alcançam o chão. 
A humildade não significa ser submisso por falta de respeito por si mesmo, mas significa estar tão seguro de suas próprias aquisições espirituais que não custa nada curvar-se. É possível ser como um leão e ainda reconhecer o valor dos outros e da vida. Assim é o outro lado da moeda de autorespeito.


Uma pessoa realmente humilde apaga o fogo da raiva dos outros.


Do livro ‘A Paz Começa com Você’ de Ken O’Donnell (link